segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A Busca Pela Paz

A união e a compatibilidade de pensamentos faz com que grupos de sírios e libaneses arrisquem suas vidas em jornadas transcontinentais. 
Mesmo com alguns pontos culturais distintos, a base Islã os liga à uma identificação religiosa muito forte, o que os fazem acreditar em uma realidade melhor fora do caos que atormenta suas nações-pátria nos últimos 30 anos. 
Pessoas as quais possuem características em comum sem perceber, unem-se numa jornada incessável em busca da paz. 
Um grupo de muitas características individuais distintas, que somam esforços em atividades essenciais como: cuidados com a alimentação, a harmonia, a saúde e etc, em prol de sua sobrevivência. Esses grupos que sofrem muitos preconceitos para a entrada em alguns países, são marginalizados por várias ideologias que estão presentes ao redor do globo . 
Através da internet, muitos propagam seu discurso de ódio e repúdio contra essas pessoas que só buscam a felicidade. 
Gente que na maioria, não buscam o saber da realidade e criticam os vitimizados apenas pro criticar, por se sentirem superior à uma situação de pena.


Refugiados e seus Smartphones? Por que não?

A maioria dos refugiados da síria não fogem da pobreza, mas sim da morte e da guerra. Muitos dos que procuram asilo na Europa são de classe média, nível universitário e falam inglês. 
Um grande jornal britânico, The Independent, tentou desviar tal viés, ao publicar um artigo intitulado "Surpreso que os refugiados sírios tenham seus smartphones? Desculpem-nos por informar, mas você é um idiota". Uma clara tentativa de desestabilizar a comoção de muitas nações que recebem tais asilados, uma vez que o Reino Unido não têm a obrigação, segundo regulamento das Comissões Europeias, de não receber os migrantes.
O que há de ser entendido é que as pessoas não estão fugindo devido a condições financeiras, mas à condições dignas de vida. Não há o que relacionar entre o fato do indivíduo possuir um celular e desejar sair de uma terra em conflito. Este é o típico discurso daquele que não têm interferência direta nos fatos, acaba agindo de forma corriqueira e aproveita certa influência em determinado nicho social para desestabilizar causas sociais tão importantes como essa da crise de refugiados.


Homenagem Merecida

Esta imagem mostra a comoção das pessoas diante à uma tragédia que é frequente em travessias clandestinas. 
Refere-se a um menino de 3 anos, que foi achado sem vida em uma praia da Turquia após a tentativa frustrada de sua família reencontrar parentes no Canadá. Esta foi uma dentre outras homenagens onde pessoas do mundo inteiro sensibilizaram-se e demonstraram através de ilustrações em blogs pessoais, charges, publicações, vídeos e etc. 
Muitos pais ficaram de coração partido após verem a imagem divulgada na internet do menino Aylan Kurdi na beira da praia, colocando-se no lugar dos pais que perderam seu filho. Em contra partida, um outro montante de anti-muçulmanos aproveitaram a situação para mais uma vez divulgarem seus discursos de ódio contra essa população. 


Crimes em nome da fé, até quando?

"180 a 300 milhões de pessoas dedicadas à destruição da civilização ocidental" diz Brigitte Gabriel, uma das principais ativistas anti-islâmica.
A jornalista e escritora Brigitte Gabriel, libanesa-americana, foi aplaudida numa sala ocupada por islamofóbicos em recente simpósio realizado nos Estados Unidos, ao entoar de pulmões cheios que "15% a 25% dos muçulmanos são radicais e tem sede por morte".
Um discurso de ódio, partindo de um ícone tão influente numa determinada cultura/sociedade, alimenta, fomenta e propaga ainda mais opiniões errôneas a cerca dos ideais muçulmanos.
Já alienados com opiniões como essa e as divulgando em seus diversos círculos sociais, esses indivíduos influenciam diretamente nas tomadas de decisões de muitos outros que ainda não têm opinião formada acerca do assunto e deixam se levar pela determinada influência da oradora principal do discurso.




Esforços de todos os lados

Enquanto governos europeus discutem uma "divisão justa" dos refugiados que chegam do Oriente Médio e da África a países como Grécia e Itália, muitos cidadãos estão tomando a dianteira e criando iniciativas para ajudá-los.
Na Islândia, por exemplo, mais de 11 mil pessoas se ofereceram para receber refugiados em suas casas.
O site www.refugees-welcome.net faz um cadastro de pessoas que desejam oferecer abrigo em sua própria casa a refugiados. Em alguns casos as pessoas alugam quartos a preços módicos.
Professores abrigam e oferecem-se para ensinar crianças refugiadas.
Iniciativas que tem muitos adeptos e que vem ganhando força pelo mundo de pessoas que desejam fazer a diferença.



Apelo de acolhida

O Papa Francisco fez um apelo que toda paróquia e comunidade religiosa na Europa receba ao menos uma família imigrante cada, em um gesto de solidariedade que, segundo ele, começará pelo próprio Vaticano.
"Apelo às paróquias, às comunidades religiosas, aos monastérios e santuários de toda a Europa que recebam uma família de refugiados", disse ele após seu discurso dominical no Vaticano.
Existem mais de 25 mil paróquias somente na Itália, e mais de 12 mil na Alemanha, para onde muitos dos sírios que fogem da guerra civil e pessoas que tentam escapar da pobreza em outros países dizem querer ir.